O Canabidiol Ease Labs, produzido pela Ease Labs Pharma, pioneira na fabricação de produtos à base de cannabis no país, foi homologado em uma licitação do Governo de São Paulo para fornecimento através do Sistema Único de Saúde (SUS). Este produto da farmacêutica conquistou a primeira posição no pregão eletrônico, marcando a maior licitação da história voltada para a distribuição gratuita à população.

Gustavo Palhares, CEO e cofundador da Ease Labs, expressou sua satisfação em fazer parte desse marco no segmento da Cannabis medicinal no Brasil. Ele destaca que o Canabidiol Ease Labs ofereceu a proposta mais competitiva, com o menor preço entre as concorrentes, a R$0,045 por mg da substância, resultando em um contrato que pode alcançar até R$105 milhões. Palhares ressalta a missão da empresa em tornar o tratamento com Cannabis acessível a todos.

“Estamos muito felizes em fazer parte de mais esse marco do segmento da Cannabis medicinal no Brasil. Trata-se do maior programa já visto no mundo para distribuição de produtos do tipo via sistema público de saúde. Temos muito orgulho de fazer parte dessa história junto com o Governo do Estado de São Paulo”, comemora. 

O executivo destacou ainda “nossa missão é tornar o tratamento de Cannabis acessível a todos”. 

A crescente quantidade de decisões judiciais obrigando o fornecimento de produtos de Cannabis tem impulsionado a criação de leis estaduais para incorporar esses tratamentos no SUS. Há uma tendência de expansão desse programa para outros estados, incluindo nível federal. Em São Paulo, a discussão começou após a sanção da Lei n. º 17.618 em janeiro de 2023, pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) instituindo a política estadual de tratamentos gratuitos com canabidiol.

Desde então, um grupo de trabalho foi formado para regulamentar a lei, com subgrupos dedicados a temas como definição de protocolos clínicos, avaliação de produtos, regulação e dispensação. Discussões foram promovidas para reduzir os custos relacionados à judicialização para fornecimento desses produtos, uma vez que, atualmente, os gastos do governo com a judicialização em tratamentos do tipo em São Paulo chegam a R$85 milhões.

A disponibilização do tratamento pelo SUS representará uma economia significativa, estimada em até R$486 milhões para os cofres públicos, utilizando um modelo de licitação que pode ser replicado em outros estados. A consultoria Kaya Mind projeta que o mercado de Cannabis atingirá 1 bilhão de reais no Brasil em 2024, com mais de 10% desse montante movimentado apenas pelo SUS. Essas projeções podem ser superadas com uma possível expansão do mercado público.

Gustavo Palhares, da Ease Labs, destaca que o mercado público brasileiro pode ser um impulsionador crucial para o crescimento do segmento, posicionando o Brasil como um dos principais mercados mundiais.

“O mercado público brasileiro pode ser um acelerador muito relevante para o crescimento do segmento, que já é expressivo mesmo considerando apenas o setor privado. Assim, o Brasil poderá ocupar uma posição importante entre os principais mercados do mundo”, explica o executivo. Segundo ele, mercados pioneiros, como Uruguai e Canadá, que tiveram regulamentações mais superficiais em relação à qualidade dos produtos, vêm sofrendo com uma queda de demanda. Já o Brasil, por ter implementado um modelo farmacêutico, está se
posicionando com autoridade, criando um setor baseado na qualidade e geração de demanda e atendendo as pessoas que realmente precisam”, finaliza o executivo. 

O empresário Gustavo Palhares participou do Deusa Cast, o podcast da plataforma Sechat, e um dos assuntos foi o acesso aos produtos à de cannabis no SUS de São Paulo. O programa vai ao ar nessa terça-feira (05). Veja aqui.